terça-feira, 19 de setembro de 2006

PNL - Breve histórico e outras considerações



A PNL foi proposta em 1973 por Richard Bandler e John Grinder como um conjunto de modelos e princípios que descrevem a relação entre a mente (neuro) e a linguagem (linguística - verbal e não verbal) e como a sua interação pode ser organizada (programação) para afetar a mente, o corpo ou o comportamento do indivíduo.

A partir dos seus padrões lingüísticos e comportamentais, o Dr. Richard Bandler e o Sr. John Grinder construíram modelos mentais que pudessem ser usados por outras pessoas. Os criadores da PNL então aplicaram tais modelos em seu próprio trabalho. Padrões que podem não ter estado disponíveis em qualquer dos modelos anteriores, podem agora ser construídos, a partir da representação formal que os criadores da PNL desenvolveram. Novas técnicas e modelos foram (e seguem sendo) desenvolvidos. Pessoas como Virginia Satir (terapeuta familiar), Milton Erickson (médico psiquiatra e hipnoterapeuta) e Fritz Perls (pai da Gestalterapia) tiveram resultados espantosos com muitos dos seus pacientes.

Apesar de ser assim considerada em alguns panfletos de propaganda, a PNL não é uma ciência. Mais propriamente é considerada uma metodologia ou uma tecnologia, para enfatizar o fato de que não tem um objeto de estudo independente e, portanto, não é uma ciência no sentido lato do termo. Trata de linguagem, mas não é exatamente Linguística. Fala de sistemas mas não é Cibernética. Fala de comportamento mas não é só Psicologia. Fala de liderança, gestão, motivação, aprendizagem, mas não é só Administração, Política, Comunicação ou Pedagogia. A PNL se aproveita de conhecimentos de vários campos e os inter-relaciona, em uma espécie de "corte transversal" entre vários assuntos, com um jargão próprio, simplificado, e de fácil acesso. Nem tudo que está na PNL passou por teste científico rigoroso. Muito é aplicado como um modelo útil e que faz sentido no conceito sistêmico da PNL. Os resultados são relatados mas ainda não há uma completa sistematização.

A melhor interpretação é a focada no seu objetivo: é um corpo de conhecimentos - uma arte - para desenvolver a excelência na experiência subjetiva e no comportamento objetivo, através da comunicação humana, e com isso facilitar o atingimento de metas de superação. Alguns acreditam que a PNL advoga algum pressuposto análogo à paranormalidade, pensamento positivo, forças espirituais etc. No entanto a PNL é na maior parte das vezes pragmática: utiliza o termo "programação" baseado em uma analogia computacional para a mente humana. Isto é, encara o cérebro como um hardware e a mente e os pensamentos como um software, considerando a hipótese de que podemos "reprogramar" a mente, retirando "bugs", ou seja, erros de programação gerados no passado.

Isto não é propriamente uma novidade - a Dianética já buscava fazer isso desde a década de quarenta. A Dianética chamou os padrões mentais de "engramas" - algo a ver com programas, mas é melhor entendê-los de forma similar ao conceito de "scripts" ou roteiros da Análise Transacional e padrões mentais e "metaprogramas" da PNL (padrões dos padrões). Os padrões são sistemas de crenças e percepções filtradas da realidade, criadas em um momento do passado e que podem, por mudanças das circunstâncias ou da próprias pessoa, se tornarem inapropriadas. Assim, "reprogramar" uma pessoa, pelo ponto de vista da PNL, é ajudá-la a modificar os seus padrões mentais e entender os seus metaprogramas básicos, que os formaram.

Um dos pontos básicos de que a PNL trata diz respeito ao que é chamado diferença entre o mundo real e o mundo percebido. A mente cria modelos da realidade, usando referências dos cinco sentidos. E estes modelos são "filtrados" pela focalização da atenção, de modo que o mesmo estímulo percebido se transforma em comportamentos totalmente diferentes, para várias pessoas. Um esquimó, por exemplo, percebe o gelo e a neve de forma completamente diferente de uma pessoa urbana. Sua experiência da neve é mais rica, com muito mais referências. De certa maneira, ele "vive em outro mundo subjetivo". Isso é a mente para a PNL - uma construção de experiências perceptivas, em um processamento em várias camadas. Por praticidade, chama de níveis conscientes e inconscientes, mesmo sem se preocupar se cientIficamente existe o inconsciente. Usa o termo porque ajuda em seus processos práticos. Ela juntou vários conceitos e constatações da Teoria da Comunicação, da Linguística, da Cibernética, da Teoria dos Sistemas e da Gestalt, da Terapia Familiar, da Hipnose Ericksoniana, da Neurociência e a partir deles criou alguns pressupostos, uma série de parâmetros para entender a "caixa preta" da mente humana, e assim entender como mudar o comportamento humano a partir da comunicação.

As práticas de PNL, com os exercícios de mudança, podem ser considerados "mecanismos de Eureka"*. Isto é, eles visam alinhavar o pensamento lógico e o intuitivo, a dedução e a indução, conectando toda a motivação e emoção que podem estar dispersas no indivíduo, para ficarem à serviço de suas decisões. A PNL utiliza técnicas que poderíamos chamar de meditativas e hipnóticas para recuperar "estados focalizados" e assim fazer com que a pessoa utilize o seu pensamento da melhor maneira possível. Por isso muitos dos exercícios recorrem a "estados alterados de consciência", ou estados de transe.

[Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/PNL]

* Lembram-se de Arquimedes? O quebra-cabeça vai se formando...

Qualquer semelhança entre a PNL e o filme Matrix não é mera coincidência (ou sincronicidade - ela me persegue, mesmo!)...

"Você deseja saber o que ela é? A Matrix está em todo lugar. A nossa volta. Mesmo agora nesta sala. Você pode vê-la quando olha pela janela ou quando liga a sua televisão. Você a sente quando vai para o trabalho, quando vai à igreja, quando paga seus impostos. É o mundo colocado diante dos seus olhos para que não veja a verdade... Infelizmente é impossível dizer o que é a Matrix. Você tem de ver por si mesmo. Essa é a sua última chance. Depois não há como voltar. Se tomar a pílula azul a história acaba, e acordará na sua cama acreditando no que quiser acreditar. Se tomar a pílula vermelha, ficará no País das Maravilhas e eu te mostrarei até onde vai a toca do coelho.

Lembre-se: Tudo que ofereço é a verdade. Nada mais."

(Morpheus - The Matrix)

E você?












Qual pílula vai tomar?
Deixe um comentário me contando qual opção você fará e porque...

Um comentário:

Rowena Aranrot disse...

E pensar que tudo começou na Matrix! Pois é... lembra? Beijos...

)O( Rowena Arnehoy Seneween